sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Itabaiana faz homenagem a Sivuca com criação de Café Cultural .

Prefeita de itabaiana, Dona Dida e a viuva de Sivuca
Glorinha Gadelha, na preparação do Cultura Café.

O musico Sivuca, nome artístico de Severino Dias de Oliveira, falecido em 14 dezembro de 2006, ganha homenagem de sua terra natal com a criação do “Sivuca Cultural Café” que promete ser um ambiente descontraído. Um ponto de encontro de artistas e intelectuais de Itabaiana e região, contando em suas instalações de particularidades da vida do artista.

Segundo a prefeita da cidade, Eurídice Moreira da silva, mais conhecida como “Dona Dida”, esse é o primeiro passo no caminho da realização do sonho que será concretizado com a implantação de um Memorial, local onde ficará o valioso acervo com a obra de Sivuca.

“Dona Dida” assegurou que os estudos iniciais já estão bastante adiantados faltando agora à conclusão do projeto de instalação, acompanhado pela viúva do musico, a cantora Glorinha Gadelha, que vem dando o seu aval ao que está sendo preparado.

A criação do Sivuca Cultural Café tem tudo a ver com a inauguração da reforma e a ampliação da Praça Epitácio Pessoa, localizada em local estratégico em Itabaiana acontecera nesse sábado, dia 29 às 20hs com a presença de autoridades especialmente convidadas, da viúva Glorinha Gadelha, outros familiares do artista e o publico em geral.

Quem foi Sivuca

Severino Dias de Oliveira, mais conhecido como Sivuca, nasceu em Itabaiana em 26 de maio de 1930 foi um dos maiores músicos brasileiros do século XX. Teve grande repercussão internacional, sendo além de compositor, um notável sanfoneiro ou acordeonista.

Sivuca contribuiu significativamente para o enriquecimento da musica brasileira, sendo reconhecido em todo o mundo por seu trabalho. Suas composições e incluiram entre ritmos como o choro, frevo, forró, baião, música clássica, blues, jazz, entre muitos outros.

Sua iniciação musical se deu na infância, tocando em feiras e festas populares já aos nove anos de idade. Mudou-se para o Recife aos 15 anos de idade, onde adotou seu nome artístico.

Seu primeiro disco – na época era LP – em 1950, em parceira com Humberto Teixeira, continha o seu primeiro grande sucesso, "Adeus, Maria Fulô" (que foi regravado numa versão psicodélica pelos Mutantes nos anos 60).

Em 1955, foi morar no Rio de Janeiro. Após algumas apresentações na Europa como acordeonista de um grupo chamado Os Brasileiros, chegou a morar em Lisboa e Paris.
Morou também em Nova York de 1964 a 1976, onde, entre outros trabalhos, foi autor do arranjo do grande sucesso "Pata Pata", de Miriam Makeba, com quem então excursionou pelo mundo até o fim da decada de 60. Compôs trilhas para os filmes “Os Trapalhões na Serra Pelada” e “ Os Vagabundos Trapalhões”, ambos em 1982.

Em 20 de novembro de 2006 o músico lançou um DVD, totalmente produzido na Paraíba, “Sivuca – O Poeta do Som”, em homenagem aos seus 75 anos, que contou com a participação de 160 músicos convidados. Foram gravadas 13 faixas, além de duas reproduzidas em parceria com a Orquestra Sinfonica da Paraíba.

Faleceu em 14 dezembro de 2006, depois de dois dias internado para tratamento de um câncer, que já o acometia desde 2004.